Figura carimbada com destaque no Jornal Nacional, transmitido pela emissora de televisão Rede Globo, onde ele e sua irmã apareceu, em vídeo, recebendo maços de dinheiro, o ex-deputado Airton Rondina Luiz, o Português, foi questionado sobre o recebimento de propina pago pelo ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, que fez acordo de delação premiada.
O questionamento foi feito em um grupo de mensagens instantâneas, WhatsApp, em que o ex-deputado enviou áudio manifestando apoio à suspensão das atividades dos produtores de leite na região Oeste de Mato Grosso, em virtude, segundo ele, do baixo preço pago pelo litro de leite pelos laticínios da região.
O ex-deputado foi delatado em esquema de propina, que teria pago R$ 175 milhões para 38 deputados e ex-deputados, conforme proposta de delação apresentada, também, pelo ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), José Geraldo Riva.
Português teria recebido R$ 5.120 (cinco milhões, cento e vinte mil reais), sendo que o dinheiro teria sido repassado para pessoas que estavam à serviço dele e para ele mesmo, algumas vezes, em espécie, segundo o ex-deputado Riva. Confira aqui.
"Oh Airton. Você não precisa de dinheiro de leite não, você foi deputado e saiu de lá rico. Você pode soltar as vacas todas, está de boa, é um cara milionário, foi deputado e saiu com o bolso cheio", questionou um dos membros do grupo.
Em resposta, Português que também foi prefeito no município de Araputanga (a 345km de Cuiabá), disse que colocaria suas contas à disposição para uma auditoria. "Graças à Deus, eu tenho as coisas que é herança do meu pai. Ganhei na política sim, pois eu tinha salário bom, uma Verba Indenizatória boa, mas gastei muito com cabo eleitoral e gráfica", afirmou.
Em relação à manifestação pela a suspensão das atividades de produção de leite, um dos produtores citou que, Airton Português juntamente com Ezequiel Fonseca foram deputados e nada fizeram pelos produtores de leite. "Vocês nunca pensaram nos produtores, pensaram foi em vocês que estavam lá dentro [Assembleia Legislativa]", disse ao receber apoio de um outro produtor que também questionou as ações políticas para o setor. "Os políticos, deputados, senadores, o governador, esse povo só quer o venha à nós. A cooperativa está com quase R$ 40 milhões de PIS/CONFINS e eles não pagam", afirmou ao observar que os impostos são cobrados rigidamente.
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Neste momento de pandemia, em que a economia mundial passa por dificuldades, agentes políticos e produtores apresentaram um desafio para que os representantes brasileiros incentive o consumo de leite e derivados lácteos. Desafio aceito pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina e o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro.
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